sábado, 31 de julho de 2010

Quem consegue???

Percorro estas ruas e avenidas
Nesta minha cidade de mil encantos
Após as chegadas temos as partidas
E nos olhos… as enxurradas em prantos…

Relembro noites de colo e ilusão
Em que sem pensarmos… foram mais que paixão
Em que sonhamos o sonho sem o sonhar
Em que partilhamos o mundo sem falar…

Com tua partida veio a tristeza
Que às nossas dúvidas trouxe certeza
E junto… a saudade da incerteza…

Agora resta-me apenas a questão
Quem controla mesmo o amor… a paixão??
Quem consegue… impor regras ao coração??


por Isabel Reis
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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Nas palavras confesso...

Nas palavras confesso…
um amor sem regras ou explicação
amor sincero… sentido… vivido…
nascido em cada canto nosso escondido
em cada momento partilhado
em cada segredo sussurrado…

aproveito-me das palavras e confesso
segredo em segredo tudo que não fui capaz…
…enquanto te tive aqui… comigo…
à distância de um estender da minha/tua mão
enquanto vimos o sol despedir-se na água
e a lua acordar para o mundo…
…naquele anoitecer tão nosso… tão profundo…

Nas palavras confesso…
que me deixei ser só tua nas horas poucas que vivemos
naqueles dias que de tão intensos foram como anos inteiros
cheios de vida e amor… amor vivido em toques certeiros
e agora depois de tudo isso não me apetece entregar mais
apetece-me viver aquele amor tão nosso… um pouco mais
apetece-me prolongar aqueles momentos de romantismo e sedução
em que nos seduzimos inconscientemente… arrebatadoramente…
apetece-me reviver constantemente aquelas horas de perdição
que nos levaram a uma outra dimensão…ou realidade…
…e que na volta trouxeram consigo esta louca saudade…


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

terça-feira, 27 de julho de 2010

Esperança

Qual Cinderela encantada
Nos prados e montes a passear
De vestido florido… saia rodada
Espera ansiosa a donzela
Espera a sua chegada…
Olha o horizonte ao longe
Mas nem a sombra vislumbra
Suspira, vê o sol ao longe se guardar
Mas sorri e pensa
“Ele não tarda em chegar”…

Vai colhendo flores pelo caminho
Picando-se nos espinhos que não vê
Tropeçando nas pedras que não espera
Mas sorri e pensa
“Ele não tarda em chegar… e tudo vai passar”…

De cabelo esvoaçando ao vento
Passeando-lhe junto ao corpo
Relembra-lhe a saudade
De quem está para chegar
Rasga-se-lhe um sorriso no rosto
Sente um arrepio no ventre
Desce às pernas rouba-lhes a firmeza
Invade-lhe a alma o sentimento
Traz-lhe a sombra da incerteza
“Será que devo ou não esperar?”…
Vem-lhe então à lembrança
O voto solene de confiança
A promessa de voltar
“Não posso ter medo… vou ter que confiar”
“Nem que veja o sol se deitar e a lua se acordar”


por Isabel Reis
todos os direitos reservados

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Re/Encontro...

Chegaste como qualquer desconhecido
Parece qu’ apenas agora t’encontrei
Senti-te como antigo conhecido
E novamente em ti me reencontrei…

Tive-te em mim nesse leve suspirar
A cada toque qu’ encontrei o ombro teu
Na ternura de cada troca de olhar
Descarreguei este pesado fardo meu…

Entreguei-me rendida a ti… fui ao céu
Entreguei-me acordada mas a sonhar
Venceu a razão… chegou p’ra me resgatar…


por Isabel Reis
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Migalhas de Amor...

Migalhas de amor vadio Amor frio… escorregadio… Migalhas de amor pequeno Amor cruel… amor veneno… Migalhas de amor corrido ...